MARKETING EM TEMPOS DE PANDEMIA

Falar de marketing é falar de estratégia. E falar de estratégia é falar de planeamento. Mas como planeamos quando tudo o que está à nossa volta é apenas incerto?

É importante antes de mais aceitarmos essa incerteza como a nova variável dos negócios, um dado adquirido que não é bom nem mau, apenas uma nova característica com riscos acrescidos, mas também oportunidades e aprendizagens.

Será possível planear aquilo que desconhecemos? Talvez não, mas é possível tornarmo-nos ágeis, aumentar a resiliência interna criando ferramentas de gestão, elas próprias preparadas para simular mudanças e criar alterações.

Tal como na vida, na estratégia das marcas, a fórmula provou ser a mesma em tempos de incerteza: devemos proteger-nos mais, confinar um pouco se precisarmos de redefinir a nossa abordagem e voltar a aparecer com as devidas precauções. E enquanto as marcas voltavam a surgir, começámos a vislumbrar as oportunidades dos tempos difíceis que vivemos: o surgimento de novas possibilidades de conexão que nos permitiram descobrir outras formas de relacionamento com colegas, clientes, parceiros e com o exterior. Se havia dúvidas da importância do digital para a sociedade, esta pandemia veio acabar com elas.

Mesmo com os meios de comunicação saturados de notícias sobre o principal tema da atualidade, o digital tornou-se o único canal possível para que as marcas se mantenham activas. Tiremos então o máximo partido disso!

Uma das vantagens do digital é a presença em tempo real. Permite-nos avaliar as necessidades e sermos flexíveis para nos adaptarmos sempre que necessário. E quando a previsão do dia seguinte parece cada vez mais difícil, todos os dias são dias de “ouvir o cliente” e implementar. A proactividade e a reinvenção nunca foram tão relevantes.

Outra das grandes vantagens é o enorme potencial de comunicação neste canal, o que traz em si uma série de perigos mas também de possibilidades. Nesta área da comunicação, as empresas adoptaram diferentes abordagens: algumas continuaram no modo business-as-usual, com a comunicação inalterada; outras mudaram drasticamente a sua estratégia, focando-se no tema COVID-19; outras decidiram reduzir o fluxo de comunicação durante este período; outras adaptaram-se e integraram novas formas de se apresentar, o que as obrigou a perceber quem iriam ser neste novo mundo. Qual a melhor estratégia? Não há apenas uma boa estratégia, mas tem havido fortes aprendizagens:

  • É indispensável ouvir com atenção as preocupações das pessoas, não apenas numa perspectiva comercial, de vendas, mas sim para compreender o que mais as preocupa. É tempo de pensar no nosso contributo, é hora de servir e não apenas de auto-promover.
  • No que toca à comunicação B2B, em particular, o digital veio demonstrar que as comunicações unilaterais terminaram: agora é exigido às empresas uma interacção muito mais próxima e permanente com o seu ecossistema. Os clientes e parceiros procuram conhecimento, querem saber como melhorar as suas capacidades e o que fazer em momentos difíceis, e as empresas têm que demonstrar como podem ajudar a navegar neste mundo novo. 
  • As pessoas estão muito mais atentas e por isso as empresas vão passar a ser mais escrutinadas pelo que fazem: se estão a ter algum tipo de actuação positiva, algum contributo real, se apresentam medidas sustentáveis, que mensagens transmitem, como tratam os seus colaboradores. Agora, mais do que nunca, uma estratégia responsável é indispensável para solidificar o posicionamento que as empresas pretendem assumir.
  • A autenticidade é a palavra do dia na forma como as empresas se devem apresentar. Tem que existir um alinhamento total entre o que as empresas dizem, o que fazem e, em última instância, o que são.
  • A comunicação omnichannel de que tanto se tem falado na área de marketing, pela difusão de uma mensagem personalizada, assertiva e coerente entre os vários canais deve agora ser posta em prática com enfoque na transparência, na autenticidade das marcas e servindo propósitos concretos para a sociedade.

Por todas estas aprendizagens, é o momento de nos prepararmos para o que aí vem, apoiando este aceleramento da digitalização com uma estratégia de sustentabilidade e responsabilidade a vários níveis: económico, social e ambiental.

É o momento de nos responsabilizarmos pelas nossas acções, de levar connosco as boas práticas e os benefícios deste novo mundo digital. Acima de tudo, é o momento de reconhecer que, enquanto empresas, temos a responsabilidade de dar um novo rumo ao futuro e de defender as mudanças que consideramos positivas. Este parece ser o novo superpoder da Comunicação: advogar a favor do bem, não esquecendo nunca o propósito de cada marca e o seu impacto no Mundo.

Raquel Valente e Marta Furtado,

BORA – Full Service Marketing Agency

Veja também

Pólvora. No entanto, o principal obstáculo ao voo da bala é a resistência do vento e os efeitos de arrastamento. Assim, a resposta mais correta seria: o design, a aerodinâmica da bala.

“The requirements to be a leader have always remained pretty constant. It’s leading yourself, leading others, communicating like crazy, listening carefully, demonstrating you care” Ainda convencido de que não consegue ter tempo para os exercícios de autorreflexão nas suas 168 horas semanais? Muitas das vezes é uma desculpa para evitar um exercício desconfortável… Na TOWS & TOOLS temos a crença profunda da importância de uma Boa Reflexão, de uma abordagem Holística, e de criar o contexto adequado e fértil para o pensamento criativo e de transformação. A mudança deve ser transformadora. Dos processos, das organizações e das ferramentas. “Envolver a paixão dos líderes na gestão, alinhando pessoas, estratégia e operações”. O seu único risco é o de nada fazer.

Falar de marketing é falar de estratégia. E falar de estratégia é falar de planeamento. Mas como planeamos quando tudo o que está à nossa volta é apenas incerto? Uma das vantagens do digital é a presença em tempo real. Permite-nos avaliar as necessidades e sermos flexíveis para nos adaptarmos sempre que necessário. E quando a previsão do dia seguinte parece cada vez mais difícil, todos os dias são dias de “ouvir o cliente” e implementar. A proactividade e a reinvenção nunca foram tão relevantes.

Em cumprimento com a legislação em vigor, presta-se a seguinte informação nos termos do art.º 13.º do RGPD.

O responsável pelo tratamento é o TOWS & TOOLS – Business Consulting, Lda com morada em Campo Pequeno, 2 – 7ºC, 1000-078 Lisboa, telefone + (351) 911 021 705 e e-mail info@towstools.com.

O tratamento dos dados pessoais, nome e email, tem por finalidade o registo, para que nos seja possível dar resposta, nos termos da mensagem que nos submeter e para divulgação de outras informações relacionadas com a atividade da TOWS&TOOLS.

Os dados pessoais não são utilizados para outro fim que não seja o aqui descrito.

O destinatário dos dados pessoais recolhidos, é a TOWS & TOOLS, não existindo transferência desses dados para fora da esfera do responsável pelo tratamento.

Assegura-se que, o prazo de conservação é limitado ao estritamente necessário, para dar seguimento à mensagem que nos submeter e subsequentes contatos, findo o qual, não vindo a existir relação comercial, serão eliminados.

No exercício do seu direito, pode solicitar à TOWS & TOOLS, o acesso aos dados pessoais que lhe digam respeito, bem como apresentar reclamação à autoridade de controlo, a Comissão Nacional de Proteção de Dados.

Mais se informa que os dados pessoais recolhidos não serão alvo de decisões automatizadas nem utilizados para definição de perfis.